Chartres

 Após um grande trabalho terminado, nada melhor do que ocupar o tempo com belas lembranças e novos planos. Pois durante algumas horas desse domingo meu coração e minha alma estiveram em Chartres. Durante o último agosto visitei mais uma vez essa encantadora cidade francesa. Minha visita ocorreu num belo dia ensolarado de verão. Como era um dia de semana, a cidade estava tranquila e assim eu pude aproveitar toda a paz e a quietude das ruas tomadas pelas horas do repouso do meio do dia.

 Certamente a Catedral de Chartres é uma obra monumental da arquitetura gótica. Deslumbrante mesmo! Entretanto, o que mais me encanta na cidade são as pequenas ruas repletas de casas em estilo normando, as pontes graciosas e a vegetação ao longo do rio.

 Caminhar pelo setor histórico da cidade em um belo e agradável dia de sol, com as ruas apresentando aquele ar de preguiça próprio do horário do almoço, foi uma pausa maravilhosa para apenas caminhar, aproveitar a beleza do lugar e agradecer pela oportunidade. O barulho do rio e o canto dos pássaros eram os sons ouvidos. É incrível como algumas cidades europeias podem ter tanta quietude estando tão próximas de grandes metrópoles.

  A caminhada é longa, mas vale a penas porque é possível percorrer todo o setor histórico que se concentra próximo ao rio. As ruas possuem inclinação suave na maior parte do trajeto. E durante quase todo o caminho é possível avistar as belas torres da catedral.

  

 

    Os relógios de sol que estão presentes na fachada da catedral são mais uma das preciosidades da arte gótica. Em um deles um anjo  segura o tempo com uma expressão de resignação como se desejasse avisar aos homens que não há como prever, prender ou esticar o tempo.Assim, só nos resta vivê-lo.

 

   Chartres foi durante a Idade Média um dos locais de onde partiam os peregrinos que rumavam a San Tiago de Compostela. Nas ruas da cidade é possível observar as marcas que lembram a importância religiosa da cidade.Os peregrinos vinham de todas as partes da Europa e passavam por várias regiões da França, onde a peregrinação também recebeu a denominação de Saint Jacques de Compostelle devido à torre Saint-Jacques-de-la-Boucherie, em Paris. A torre parisiense era o local de reunião dos grupos que rumavam para a Espanha.