sexta-feira, 15 de julho de 2011

Uma nova amizade

   Hoje foi um dia especial porque fiz uma nova amiga com a qual partilhar o amor pela leitura e pela busca incessante pelo conhecimento. E não é todo dia que nos deparamos com pessoas que queiram dividir conhecimentos que possam tornar a vida mais gratificante e dotada de significados maiores.
  Ao discutir com Cláudia, minha nova colega no Editorial, sobre obras como A Casa da Sabedoria, de Jonathan Lyons e A elegância do ouriço, de Muriel Barbery, acabei por  lembrar-me de outra obra maravilhosa – Resistência: a história de uma mulher que desafiou Hitler, de Agnès Humbert
   O prefácio dessa última obra foi escrito por Marina Colasanti e é maravilhoso. É realmente poético e dotado de grande sensibilidade e sentimento. A seguir, um pequeno trecho do texto de Marina Colasanti que desejo partilhar com a Cláudia e com os demais amigos:
   ...As mulheres sempre perdem a guerra. Não a querem, mas a perdem. Perdem quando estão no caminho dos exércitos e se tornam botim. Perdem quando batalham em silêncio nas cidades esvaziadas dos seus homens, para manter sólida a retaguarda e conservar a ordem do país. Perdem quando recebem seus homens num caixão ou quando eles voltam com o equilíbrio despedaçado. Perdem quando se apaixonam pelo inimigo e quando o inimigo se apaixona por elas. 
HUMBERT, Agnés. Resistência:a história de uma mulher que desafiou Hitler. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008. p. VII.

   A obra conta a história de Agnés Humbert, uma judia francesa, que serviu como mão de obra escravizada nas fábricas alemãs durante a Segunda Guerra Mundial. Entretanto, é apenas mais uma das excelentes histórias a respeito dos sofrimentos de mulheres, nos dois lados do front. A obra O incêndio: como os aliados destruíram as cidades alemãs, de  Jörg Friedrich, narra a violência a qual foram expostas as mulheres alemãs. Exemplos e depoimentos sobre o tema não faltam.
  Após algumas leituras sobre a condição das mulheres em conflitos ao longo de toda a história da humanidade é possível concordar com Marina Colasanti: as mulheres sempre perdem a guerra!



    

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