domingo, 31 de julho de 2011

O poder de um bom livro.

   Em um domingo chuvoso e nada propício a passeios ao ar livre a literatura e o cinema são ainda mais convidativos. Em dias como esse eu passo minhas horas entre livros, filmes e amigos que possuem o mesmo apreço pela leitura, pela Sétima Arte e ainda pela troca de impressões, inspirações e gostos.
   Hoje, ao acordar e observar a chuva insistente, recordei o livro UM ano de viagens, de Frances Mayes. Recordei especialmente das palavras da autora a respeito das obras de Colette: 

   (...)Um dos prazeres desta vida: os livros de um autor cruzam o seu caminho e podem levar você para o espaço seguinte maior que você é capaz de ocupar. Sua literatura me catapultou para frente. Até agora, sempre que pego um dos seus livros, suas percepções e imagens ainda despertam as minhas percepções. A vida inunda a sua prosa. Ela é astuta. Conheço as pessoas de sua família tão bem quanto as da minha. Acompanho cada giro da sua história, o modo como ela venceu sozinha, seus erros, sua cômica perspectiva. Sua história, atraente como é, não bastaria para me ligar a ela. História só não basta. Ela descasca, parte e morde cada experiência como uma laranja. Ela é sábia e auto-suficiente, duas qualidades que defendo. Sua paixão por rosas, cachorros, pelo nascer do sol e todas as sensações de vida fundem-se no processo alquímico de selecionar palavras.
MAYES, Frances. Um ano de viagens.Rio de Janeiro: Rocco, 2007. p.224.

             RENOIR, August. Jeunes Filles lisant 
(Les Deux Sœurs) , c. 1889. Huile sur 
toile, 64 x 54 cm. Collection privée.

  Em dias como esse é que eu tiro meus livrões de arte das estantes e me delicio em apreciar tanta beleza. E o melhor é que sempre tenho amigos que  estão dispostos a participar dessa contemplação.

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