domingo, 29 de dezembro de 2013

Algumas cidades, suas memórias e histórias

     Por viver em um país jovem e que insiste em não dar importância á sua História e aonde as memórias de lugares, pessoas e acontecimentos são apagadas sem o menor pudor, eu me emociono sempre que me deparo com países e culturas onde tais elementos são preservados e reverenciados.
   Por esse motivo me encantam e me enternecem as placas presentes nas construções, parques, ruas e praças francesas com informações sobre fatos  históricos e personagens que viveram, frequentaram ou passaram por aquelas regiões. Por meio delas é possível conhecer as realizações, um pouco do cotidiano, das alegrias e dos sofrimentos dos personagens presentes nos livros de História, na Literatura, nas Artes, etc. E estar nesses mesmos parques e cafés ou caminhar pelas mesmas ruas nos aproxima de nossos "heróis", tornando-os mais "humanos".
Eu perdi a conta de quantas vezes visitei a Île de Saint-Louis para rever a casa onde Camille Claudel passou seus últimos anos antes de ser levada para o hospital psiquiátrico do qual nunca saiu. E todas as vezes eu me emociono e reforço minha antipatia por Rodin e pela sua participação na triste vida da escultora (não consigo deixar de lado minha visão feminina de toda essa história).

Em Paris uma das minhas diversões é visitar ruas e lugares onde viveram pessoas que eu admiro ou sobre as quais li muito. Gertrude Stein foi uma mulher a frente de seu tempo, temperamental, amiga das artes e de vários artistas. De uma certa forma ela me lembra a minha avó materna que não obedecia às convenções de que as mulheres deveriam ser apenas donas de casa e viverem para obedecer e cuidar dos maridos.

  E mais recentemente me deparei com placas fixadas nos bancos, nos monumentos e nos caminhos do Central Park. Placas que reverenciam frequentadores do parque que já se foram, apresentam promessas de casamento ou de amor eterno, provas de amizade e tantas outras belas mensagens.


  


   . . . E Curitiba possui tantos parques com tantos bancos e outros espaços que poderiam registrar fragmentos das histórias de seus habitantes e dos sentimentos que nutrem por sua bela cidade, além de possibilitar homenagens ao amor, à amizade e ao bem querer...



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